Esta noite senti um amargo na garganta e um ardor no estômago. fui à janela e olhei o céu. Observei as estrelas que brilhavam… Fixei uma estrela cujo brilho me prendeu...Fechei os olhos e quase que Te consegui sentir ali comigo.
A lua ia alta e decidi sentar-me ali... o som do vento.. a luz da lua despertava-me saudade e nostalgia.
Era como se no fundo faltasse a parte principal de mim.
Senti um arrepio a percorrer-me todo o corpo.
Tinha os pensamentos presos à recordação de alguém, que se esbateu no tempo e tornou-se apenas uma memória. No meu cérebro, as memórias de desejos incumpridos.
E ali, naquela janela as ideias salteavam e pediam-me respostas às quais não podia, nem sabia, responder.
De facto quando sou confrontada com sentimentos sinto dificuldade em definir os tempos verbais. Não sei distinguir o passado do presente.
Penso que não sou mais que um fantasma que sente, mas que não se consegue fazer sentir…
Recolhida em reflexão, brotavam mil pensamentos:
“Quantas vezes imaginamos que as paixões são eternas e que o mundo se recompõe quando estamos apaixonados.
Deixamos de lado as dúvidas e incertezas para imergirmos na ilusão de um amor interminável. Mas o amor só por si não é assim, temos de construí-lo, de lapidá-lo, de dar verdade à razão de amar, porque o amor solitário esvai-se como o sangue que verte de uma ferida. É preciso nutri-lo, ampará-lo, cuidar para que não se esvaeça. O amor sozinho é frágil, muitas vezes corrompido pela razão, macerado pela avidez materialista, mas permanece no tempo sem que possamos fazer nada para impedir.
Eram as questões que irrompiam continuamente naquele pedaço de noite... num lapso de tempo...
Amei uma vez, uma vez apenas. Todas as outras foram momentos fugazes. Não posso dizer que não amo mais. Em nenhum momento tive motivos para deixar de amar.
Não existe pior mágoa do que não receber aquilo que livremente se oferece.
Mas hoje o amor é menos que uma lanterna, é apenas uma lembrança. Não é algo que me guie ou ilumine, mas um marco que mostra até onde se pode chegar. O mais incrível é que a vida é maior do que o amor. Maior que o mesmo amor que a torna gigante e, quem sabe, dá-lhe sentido.
Será amor platónico?
Ou estarei de facto fodida?
A lua ia alta e decidi sentar-me ali... o som do vento.. a luz da lua despertava-me saudade e nostalgia.
Era como se no fundo faltasse a parte principal de mim.
Senti um arrepio a percorrer-me todo o corpo.
Tinha os pensamentos presos à recordação de alguém, que se esbateu no tempo e tornou-se apenas uma memória. No meu cérebro, as memórias de desejos incumpridos.
E ali, naquela janela as ideias salteavam e pediam-me respostas às quais não podia, nem sabia, responder.
De facto quando sou confrontada com sentimentos sinto dificuldade em definir os tempos verbais. Não sei distinguir o passado do presente.
Penso que não sou mais que um fantasma que sente, mas que não se consegue fazer sentir…
Recolhida em reflexão, brotavam mil pensamentos:
“Quantas vezes imaginamos que as paixões são eternas e que o mundo se recompõe quando estamos apaixonados.
Deixamos de lado as dúvidas e incertezas para imergirmos na ilusão de um amor interminável. Mas o amor só por si não é assim, temos de construí-lo, de lapidá-lo, de dar verdade à razão de amar, porque o amor solitário esvai-se como o sangue que verte de uma ferida. É preciso nutri-lo, ampará-lo, cuidar para que não se esvaeça. O amor sozinho é frágil, muitas vezes corrompido pela razão, macerado pela avidez materialista, mas permanece no tempo sem que possamos fazer nada para impedir.
Eram as questões que irrompiam continuamente naquele pedaço de noite... num lapso de tempo...
Amei uma vez, uma vez apenas. Todas as outras foram momentos fugazes. Não posso dizer que não amo mais. Em nenhum momento tive motivos para deixar de amar.
Não existe pior mágoa do que não receber aquilo que livremente se oferece.
Mas hoje o amor é menos que uma lanterna, é apenas uma lembrança. Não é algo que me guie ou ilumine, mas um marco que mostra até onde se pode chegar. O mais incrível é que a vida é maior do que o amor. Maior que o mesmo amor que a torna gigante e, quem sabe, dá-lhe sentido.
Será amor platónico?
Ou estarei de facto fodida?