sábado, 3 de outubro de 2009
Chuva
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
Sons de Silêncio
Eles escreviam
Mas ninguém lia
Eles se angustiavam
Mas ninguém sentia
Eles gritavam
Mas ninguém ouvia
Eles se expressavam
Mas ninguém entendia
Hoje eles estão mortos
E agora todos compreendem suas mensagens
É preciso morrer para ser entendido?
É preciso morrer para se ter sentido?
É preciso viver e dar ouvidos!
Dar ouvidos aos que vos falam enquanto vivos
Morto não ama
Morto não beija
Morto não abraça
Morto não vive
Morto não faz poesia
Ame enquanto vive
Beije enquanto vive
Abrace enquanto vive
Viva enquanto vive
Poetize enquanto vive.
Bruno Ribeiro Costa
http://www.sentimentocritico.blogger.com.br
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