domingo, 8 de fevereiro de 2009

Há sempre uma enorme probabilidade de não conhecer o caminho.
Há também a hipótese de não saber caminhar.
Se perguntas coisas difícieis fico impaciente.
Se me dás respostas que não quero, esqueço. No confronto entre o que é, o que deve ser, o que tem de ser e o que gostariamos todos que fosse, há peças que não encaixam. Cairam as caixas dos puzzles guardados há anos no armário dos brinquedos. Misturei as peças. Agora nada parece fazer sentido. Aparecem peças escuras quando o azul do céu do puzzle que quero construir é claro e radiante. Penso que pode o puzzle entretanto ter passado para o modo nocturno, mas depois penso: impossível. Os quadros não mudam de cor. Regresso à tese original. Baralhei mesmo os puzzles! Aqueles de duas mil e cinco mil peças! Os mais complexos, pois claro!
Não sei caminhar. Caminho porque sim. Caminho porque me irrita estar parada. Caminho porque sei que algures no meio dos puzzles baralhados, saberei caminhar com um sorriso. Nesse intervalo de tempo, entre o caminho e as peças soltas, ando descalça. Não sei caminhar nem quero aprender.

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