domingo, 3 de maio de 2009

Esta noite senti um amargo na garganta e um ardor no estômago. fui à janela e olhei o céu. Observei as estrelas que brilhavam… Fixei uma estrela cujo brilho me prendeu...Fechei os olhos e quase que Te consegui sentir ali comigo.
A lua ia alta e decidi sentar-me ali... o som do vento.. a luz da lua despertava-me saudade e nostalgia.
Era como se no fundo faltasse a parte principal de mim.
Senti um arrepio a percorrer-me todo o corpo.
Tinha os pensamentos presos à recordação de alguém, que se esbateu no tempo e tornou-se apenas uma memória. No meu cérebro, as memórias de desejos incumpridos.
E ali, naquela janela as ideias salteavam e pediam-me respostas às quais não podia, nem sabia, responder.
De facto quando sou confrontada com sentimentos sinto dificuldade em definir os tempos verbais. Não sei distinguir o passado do presente.
Penso que não sou mais que um fantasma que sente, mas que não se consegue fazer sentir…
Recolhida em reflexão, brotavam mil pensamentos:

“Quantas vezes imaginamos que as paixões são eternas e que o mundo se recompõe quando estamos apaixonados.

Deixamos de lado as dúvidas e incertezas para imergirmos na ilusão de um amor interminável. Mas o amor só por si não é assim, temos de construí-lo, de lapidá-lo, de dar verdade à razão de amar, porque o amor solitário esvai-se como o sangue que verte de uma ferida. É preciso nutri-lo, ampará-lo, cuidar para que não se esvaeça. O amor sozinho é frágil, muitas vezes corrompido pela razão, macerado pela avidez materialista, mas permanece no tempo sem que possamos fazer nada para impedir.
Eram as questões que irrompiam continuamente naquele pedaço de noite... num lapso de tempo...
Amei uma vez, uma vez apenas. Todas as outras foram momentos fugazes. Não posso dizer que não amo mais. Em nenhum momento tive motivos para deixar de amar.
Não existe pior mágoa do que não receber aquilo que livremente se oferece.
Mas hoje o amor é menos que uma lanterna, é apenas uma lembrança. Não é algo que me guie ou ilumine, mas um marco que mostra até onde se pode chegar. O mais incrível é que a vida é maior do que o amor. Maior que o mesmo amor que a torna gigante e, quem sabe, dá-lhe sentido.

Será amor platónico?
Ou estarei de facto fodida?

4 comentários:

  1. Anónimo4.5.09

    Não, não é nem amor platónico, nem estás fod**!
    Até porque o amor é tudo isto e muito mais...
    Existem 3 tipos de AMOR:
    Amor de EROS, que é o amor carnal, sexual;
    Amor de FILOS, que é o amor da amizade verdadeira;
    Amor de ÁGAPE, que é o amor incondicional.
    EROS é o Deus latino do Amor.
    FILOS, vem do grego e significa "amigo" e muitos já ouviram este étimo na palavra FILOsofia (amigo do saber).
    ÁGAPE, vem também do grego e significa 1 amor incondicional, 1 amor que se dá sem esperar nada em troca, para mim o verdadeiro amor.
    Toda a gente começa numa relação por sentir o amor de EROS, depois com o amadureciemnto da relação, nasce 1 filho e sentimos o amor de ÁGAPE, e por fim se continuarem a se respeitar e gostar vão sentir o amor de FILOS, uma amizade bem cimentada!
    É isto afinal o amor...
    E é complicado, por isso surgem estas dúvidas...
    MFCC

    ResponderEliminar
  2. Anónimo4.5.09

    Sorry quando reli vi qeu tinha escrito "Eros deus latino do amor", mas quando tentei emendar não deixou, por isso aqui vai a enenda:
    EROS Deus GREGO (do desejo, da atração e da sensualidade!
    Obrigada!
    MFCC

    ResponderEliminar
  3. Anónimo4.5.09

    Errata:
    Que em vez de "qeu"
    e Emenda em vez de "enenda"
    Tou num dia menos bom
    MFCC

    ResponderEliminar
  4. estás...mesmo fodida!...corre já pr'á...Camacha!...rumo ao santo da serra!...pra marcares o casamento!...(o amor...é fodido!)

    ResponderEliminar